domingo, 6 de maio de 2012

Diário do Professor


Por  Emily Maila
Como entrei para o Capitães da areia 

Quase ninguém sabe como é o drama das pessoas que vivem na rua sem um lar, conforto, privacidade e família. Enfim, o meu destino não foi bondoso comigo, abandonado pelos meus pais, passei a conquistar toda a Bahia, cidade de arte e alegria como o arco-íris que faz transparecer um encanto e harmonia. Passando por muitos problemas e dificuldades, para sobreviver em meio a tanta pobreza o jeito era viver de roubos e furtos, questão de necessidade. Esclarecer a resistência da pobreza extrema não é nada simples.
Em um momento encontrei e passei a frequentar o grupo '' Capitães da Areia'' desde então era como uma família para mim, por lá sobrevivi por muito tempo. Apesar de viver roubando e armando planos, passava o tempo sentado desenhando meus pensamentos e lendo livros para os meninos que habitavam no grupo. A minha inteligência foi uma das qualidades que me fez ter a confiança de todos principalmente do líder, ou seja, o diferencial entre outros garotos, a dificuldade fez de mim um menino sensível e intelectual. 

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